
Ano 2 | Março de 2025
Diamantina e a Casa Fraterna
Outubro de 2024

Em novembro, quem estiver em Diamantina, na região sudeste de Minas Gerais, terá a oportunidade de presenciar um emocionante tributo ao desembargador Moacir Pimenta Brant e sua esposa Yolanda, pais do compositor Fernando Brant. No dia 9, o Teatro Santa Izabel oferecerá uma sessão aberta especial do documentário “Casa Fraterna”, de Ana Clara Brant e Lucas Godoy.
O filme revela intimidades da residência da família Brant, diretamente envolvida no “Clube da Esquina”, o mais famoso movimento musical de Minas Gerais. A jornalista e diretora do filme Ana Clara estará em Diamantina para realizar uma apresentação exclusiva sobre o projeto.
Na capital mineira, a residência dos Brant, na Rua Grão Pará, 1092, no bairro Funcionários, era um ponto de encontro e referência para muitos artistas. Era um lugar cheio de histórias e algumas delas são contadas no documentário. Em tempos recentes, a casa, seguindo o destino de muitas outras em grandes centros urbanos, foi demolida para dar lugar a um prédio.


Lucas Godoy é ouro-pretano, sócio da Vellozia Filmes, especialista em fotojornalismo e audiovisual, e membro da Film Commission de Ouro Preto.
Fernando Brant, embora nascido na cidade de Caldas, MG, mudou-se para Diamantina aos 5 anos e sempre manteve fortes laços com a cidade natal de seu pai. Foi ali que Fernando e seus parceiros, Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges, em 1971, se encontraram com o ex-presidente Juscelino Kubitschek, outro notável filho da charmosa Diamantina.

Ana Clara Brant é jornalista, com pós-graduação em comunicação digital. Atualmente, é editora do Portal de Cultura do jornal O Tempo, em BH.
Entrevista com o cantor e compositor Tadeu Franco, que frequentou a residência da Família Brant e participou do documentário "Casa Fraterna"

Sobre Diamantina
É uma das cidades históricas mineiras mais conhecidas e visitadas do país. Tem sua origem na atividade dos bandeirantes que fundaram o Arraial do Tijuco (ou Tejuco) — como era chamada Diamantina, que, no século XVII, se tornou um dos maiores centros de extração de diamantes do mundo. Em 1938, seu conjunto arquitetônico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, em 1999, recebeu reconhecimento mundial ao ser declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Anualmente, milhares de turistas vêm de longe para apreciar seu casario colonial em estilo barroco, suas manifestações culturais e tradicionais, além das paisagens naturais da região que é abraçada pela Serra do Espinhaço. Destaque para a Cachoeira dos Cristais, a Cachoeira da Sentinela, a Cachoeira da Toca, a Cachoeira do Telésforo, a Gruta do Salitre e o Parque Estadual do Biribiri.
Outro passeio imperdível é uma visita ao Museu do Diamante, que conta a história da extração de diamantes na região. Vale também conhecer o Mercado Velho, construído em meados do século XIX, que se tornou um espaço cultural dedicado também à venda de artesanato, pratos e produtos típicos da região. Há ainda a Rua da Quitanda, famosa por seus bares e restaurantes e cenário das tradicionais Vesperatas.