
Ano 2 | Março de 2025
Prefeito de Ouro Preto assina Plano Municipal de Economia Criativa e oficializa candidatura na Rede Cidades Criativas da UNESCO
Revista Mundaréu, 05 fevereiro 2025

Foto: Ane Souz
A candidatura de Ouro Preto à Rede de Cidades Criativas da UNESCO foi legitimada na quinta-feira, 30 de janeiro de 2025, no Teatro Casa da Ópera, com a assinatura do Plano Municipal de Economia Criativa.
Com isso, a cidade patrimônio mundial da Humanidade tornou-se a primeira cidade de Minas Gerais a lançar um plano exclusivo com foco na valorização das artes, do artesanato e da criatividade como pilares imprescindíveis para o desenvolvimento da economia local.
Agora, aprovado pela Câmara dos Vereadores e assinado pelo prefeito Angelo Oswaldo, o Plano Municipal de Economia Criativa torna-se política pública e o dossiê da candidatura de Ouro Preto deverá ser apresentado à Comissão Nacional do Brasil para a UNESCO até 10 de fevereiro. O resultado da seleção nacional será divulgado em 24 de fevereiro e, caso receba o apoio do governo brasileiro, terá até o dia 3 de março para formalizar sua participação na plataforma internacional da UNESCO.
A candidatura de Ouro Preto reforça sua vocação criativa e sua importância como referência cultural no Brasil e no mundo. Se aprovada, a cidade entrará para a Rede de Cidades Criativas, o que fortalecerá ainda mais sua identidade cultural e promoverá novas oportunidades para a economia local.
Assim que passou a integrar a criatividade em suas estratégias de desenvolvimento sustentável, Ouro Preto imediatamente recebeu o apoio de Charles Landry, o criador da Rede de Cidades Criativas da UNESCO. Recebeu apoio também dos representantes de João Pessoa, capital da Paraíba, a única cidade brasileira que ostenta o título na mesma categoria pleiteada por Ouro Preto: Artes e Artesanato. Por enquanto, em Minas Gerais, apenas Belo Horizonte obteve o reconhecimento, porém, em outra categoria: Gastronomia.
Na cerimônia da Casa da Ópera, Felipe Guerra, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, destacou a importância das artes e do artesanato para a população e lembrou que o eixo de economia criativa foi incorporado ao PADE, o Plano de Apoio à Diversificação Econômica, em dezembro de 2024. Segundo ele, Ouro Preto foi pioneira ao criar uma política pública específica para o setor.
Apoio é o que não falta
Na cerimônia de assinatura do Plano de Economia Criativa de Ouro Preto, na Casa da Ópera, a subsecretária Estadual de Cultura, Maristela Rangel, reforçou que “a primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Mundial já representa as iniciativas voltadas para as artes em Minas Gerais.”
Para o diretor de Economia da Criatividade e Articulação Cultural de Minas Gerais, José Oliveira Júnior, ao se tornar a primeira cidade de Minas a fazer um Plano de Economia Criativa, “Ouro Preto projeta-se para o futuro”.
Sobre o processo de elaboração do Plano Municipal de Economia Criativa, Alissandra Nazareth, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, explicou como foi feito o mapeamento e o diagnóstico na sede e distritos. Segundo ela, todos que têm algum envolvimento com turismo ou alguma atividade empreendedora criativa nas áreas propostas foram convidados a participar.
Magnus Emmendoerfer, coordenador geral da Cátedra Unesco em Economia Criativa e Políticas Públicas, celebrou o momento como uma “concretização dos esforços iniciados na primeira conferência realizada para congregar as universidades da região e vários profissionais, empreendedores de diferentes campos criativos.”

Alissandra Nazareth (UFOP), Felipe Guerra (secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia), Leleco Pimentel (deputado estadual - PT), Maristela Rangel (subsecretária Estadual de Cultura de Minas Gerais), Angelo Oswaldo (prefeito de Ouro Preto), Vantuir (presidente da CMOP), Flávio Malta (secretário de Cultura e Turismo de Ouro Preto), Magnus Emmendoerfer (Cátedra Unesco) e Wirley Rodrigues Reis,Teko (presidente da FAOP) - Foto: Ane Souz